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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Canção das mulheres;



Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.


Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.


Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.


Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.


Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.


Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.


Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.


Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''


Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.


Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.


Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.


Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.


Lya Luft

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Livro: O vampiro Lestat





02/09/2011


Hoje finalizei a leitura do livro  O vampiro Lestat o segundo das crônicas vampirescas de Anne Rice.
Sinceramente não era o que eu esperava, nada do que eu tinha em minha singela imaginação.


Achei Lestat um tanto quanto egoísta e sentimentalista demais.
Confesso que só vi o filme Entrevista com o Vampiro e a julgar pelo que vi no filme ele se mostra muito diferente na sua "auto-biografia". Achei-o patético e muitas vezes chato, cansativo mas incrivelmente poderoso.


Ele se decepciona facilmente com as pessoas, o que na minha opinião é ridículo para um vampiro, afinal antes de serem vampiros foram humanos e os humanos sempre são decepcionantes.


Bom... mas a história não é minha e não vou deixar de admirar a criatividade de Anne Rice neste momento, ainda tenho muitos livros dela para ler.


Porém minha nota para este livro de 0 á 10 seria 7 e, sim, eu recomendo sua leitura.